quarta-feira, 26 de junho de 2013

Plenitude (im)possível

E assim com coração cheio de esperança
Tal qual uma criança
Faço rimas fáceis, quase tolas
Dando risadas altas, soltas

Olhando a vida de peito aberto
Com o céu a descoberto
Sem nada a me guiar
A não ser o sonho de caminhar
Para algum lugar

Onde eu possa ser verdadeira
Onde eu possa ser inteira
Onde os sentimentos sejam plenos
Onde mesmo os sofrimentos sejam coesos

Porque sinto falta da coerência
Do educar pelo exemplo
Me assusta a inteligência
Dos que enganam sem desassossego

Pois quero a vida doce
Dos que fazem tudo sem nada esperar
A não ser a plenitude
De se viver sem desperdiçar

Desperdiçar a vida que todos temos
E poucos sabemos como levar
Perdendo tempo com o que pouco importa
Deixando as pequenas dádivas
Nos escapar

quinta-feira, 20 de junho de 2013

?

Creio ter o perdido
A habilidade de escrever versos
Não sei o que há comigo
Tantos sentimentos desconexos

Talvez nunca tenha realmente sabido
Escrever coisa alguma
Talvez seja somente a descoberta
Da verdade nua e crua

Sinto-me perdida e frustrada
Sem saber o que fazer
Não estou pronta
Não estou apta
Não sei como sofrer

Melancolia é uma coisa outra
Certo vazio sei sentir
Meia dúzia de lágrimas
Escorrendo salgadas
Sem vontade alguma de sorrir

Mas o que fazer quando dói a alma
Quando o futuro soa negro
Quando os prantos já não jorram
Quando tudo é desespero?