Lágrimas salgadas
Sôfregas
Descem pela face
Em sinuosa curva
Levam com ela
Os sentimentos
Os tormentos
Deixam minh´alma nua
Os muros caíram
As máscaras sumiram
Necessário construir pontes
Mas como? Para onde?
Minha solidão se foi
Minha dor não é só minha
Estranho sentimento este
O de não estar sozinha
Dou a mão
Faço carícias
Consolo, sorrio
Compartilho alegrias
A menina frágil
Estranha, vazia
Serve agora como arrimo
Escolhida pela vida
E diante da questão
Já não chora em sofreguidão
Arregaça as mangas
E faz acontecer.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Que triste passatempo esse
Com a cara lavada,
Correndo contra o vento,
Sinto-me desgastada
Esgarçada
Soltando solto lamento
Em tom de risada
Olhando ao entorno
Percebo:
Minha vida é pura presepada
Pois passa o tempo
O tempo passa e não para
Enquanto eu, ensaiando a vida,
Perco a noite de gala
E encontro a estréia no ato final
Triste morte anunciada.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Sexta feira
Dia comum, sem grandes promessas
Pois mal sei eu
A revolução que me espera
Ao tomar o café preto
Logo pela manhã
Nada me passa pela cabeça
Além do tédio,
Da lista dos não-feitos
A televisão me incomoda
Barulho sem graça
Bagunças, desconexões
Não há música que acalme
Nada realmente importa
O dia será longo
Repleto de vazios
Há um lindo encontro
Com pessoa especial
Cujos olhos me desnudam
Afagam
Abraçam
E fortificam
Risadas, felicidade
Felicidade?
Talvez breve alegria
Em um dia
Prometidamente cinza
Entro no carro, encaro o trânsito
Sem nada na mente
Dirijo, dirijo,
Rápido, velozmente
Não tenho nada a dizer
Não há nada a expressar
Sem progressos
Sem retrocessos
Só me resta esperar
A porta se abre
E a sorridente face me vislumbra
Após um segundo, nada mais
Minha má vontade recua
Há conversas amenas
Significativas, francas
E a sorridente face adota tom grave
E me comunica grandes mudanças
Pobre mim,
Incompreendida e incompreensível desde criança
Descubro, por fim,
A grande realidade
O motivo da melancolia, da ansiedade
Quem diria
Que as lágrimas, os sorrisos,
A falta de rumo, os poucos amigos
É porque, motivo de tantas mudanças
Sou apenas
Humana.
Dia comum, sem grandes promessas
Pois mal sei eu
A revolução que me espera
Ao tomar o café preto
Logo pela manhã
Nada me passa pela cabeça
Além do tédio,
Da lista dos não-feitos
A televisão me incomoda
Barulho sem graça
Bagunças, desconexões
Não há música que acalme
Nada realmente importa
O dia será longo
Repleto de vazios
Há um lindo encontro
Com pessoa especial
Cujos olhos me desnudam
Afagam
Abraçam
E fortificam
Risadas, felicidade
Felicidade?
Talvez breve alegria
Em um dia
Prometidamente cinza
Entro no carro, encaro o trânsito
Sem nada na mente
Dirijo, dirijo,
Rápido, velozmente
Não tenho nada a dizer
Não há nada a expressar
Sem progressos
Sem retrocessos
Só me resta esperar
A porta se abre
E a sorridente face me vislumbra
Após um segundo, nada mais
Minha má vontade recua
Há conversas amenas
Significativas, francas
E a sorridente face adota tom grave
E me comunica grandes mudanças
Pobre mim,
Incompreendida e incompreensível desde criança
Descubro, por fim,
A grande realidade
O motivo da melancolia, da ansiedade
Quem diria
Que as lágrimas, os sorrisos,
A falta de rumo, os poucos amigos
É porque, motivo de tantas mudanças
Sou apenas
Humana.
Diálogo em Verso
Presente :)
As primeiras mal traçadas linhas são de minha escrita.
As outras, um presente lindo, que ganhei de um amigo muito querido.
Um diálogo em verso.
Neste exato instante
Uma dor lancinante
De imensa existência
Me assola a torpeza
Ao todo, são poucos
Os anos que já vivo
Mas grande é a solidão
Pela qual expio
Multidão urbana
De lúgubre aspecto
Cujo sorriso amarelo
Mantem seu perfil circunspecto
Prédios, prédios, prédios
Grandes companheiros
Que em seu imenso tédio
São ótimos conselheiros
Observo sua tez cinzenta
Concreto, tanto concreto
Em minha solidão plena
Não sou pessoa, Só espectro
-*-*-*_
Do alto da janela
Dum prédio concreto
Está a mulher com cara de menina
A jogar seus versos retos
Solitária e vazia.
De mãos dadas com a alegria e a tristeza,
Uma em cada ponta,
A menina com cara de mulher franzi a testa
Ao ver toda aquela gente tão indiferente, tão inconseqüente,
Tão diferente...
Assustada, a menina com letra de mulher se esconde nos versos.
Ah, sim! Os versos! Sua eterna companhia, sua mais nobre valia, sua mais triste saída.
No parapeito da alta janela,
Com seu sapato de bailarina,
A mulher com vontade de menina joga sua vida ao mundo
Ao acenar o lenço branco dos versos
E esperar que alguém, quem sabe um dia, com ela seja parecida...
Num dia desses com ventos ininteligíveis,
De sopro sublime,
Caiu sobre a testa
De um homem com cara de menino
A lágrima da menina.
Em total desespero,
Ele olha pra cima e enche o peito:
- Eu também sou assim!
E a mulher com sorriso de menina logo grita:
- Sou tua amiga até o fim!
As outras, um presente lindo, que ganhei de um amigo muito querido.
Um diálogo em verso.
Neste exato instante
Uma dor lancinante
De imensa existência
Me assola a torpeza
Ao todo, são poucos
Os anos que já vivo
Mas grande é a solidão
Pela qual expio
Multidão urbana
De lúgubre aspecto
Cujo sorriso amarelo
Mantem seu perfil circunspecto
Prédios, prédios, prédios
Grandes companheiros
Que em seu imenso tédio
São ótimos conselheiros
Observo sua tez cinzenta
Concreto, tanto concreto
Em minha solidão plena
Não sou pessoa, Só espectro
-*-*-*_
Do alto da janela
Dum prédio concreto
Está a mulher com cara de menina
A jogar seus versos retos
Solitária e vazia.
De mãos dadas com a alegria e a tristeza,
Uma em cada ponta,
A menina com cara de mulher franzi a testa
Ao ver toda aquela gente tão indiferente, tão inconseqüente,
Tão diferente...
Assustada, a menina com letra de mulher se esconde nos versos.
Ah, sim! Os versos! Sua eterna companhia, sua mais nobre valia, sua mais triste saída.
No parapeito da alta janela,
Com seu sapato de bailarina,
A mulher com vontade de menina joga sua vida ao mundo
Ao acenar o lenço branco dos versos
E esperar que alguém, quem sabe um dia, com ela seja parecida...
Num dia desses com ventos ininteligíveis,
De sopro sublime,
Caiu sobre a testa
De um homem com cara de menino
A lágrima da menina.
Em total desespero,
Ele olha pra cima e enche o peito:
- Eu também sou assim!
E a mulher com sorriso de menina logo grita:
- Sou tua amiga até o fim!
Amor, sabe?!
E eis, então, que tudo se esparrama
Choros e entranhas
Você me estranha
Tudo, tudo
você, eu
imundos
Olho no olho
Lábios grudados
Mundos separados
Sorrisos
Falsos?
E assim, do meu jeito
Torto, nada direito
Grito e reclamo
Mas você sabe como eu te amo
-*-*-
Porque mesmo muito estranha, muito diferente, muito tola, achei o amor da minha vida.
Choros e entranhas
Você me estranha
Tudo, tudo
você, eu
imundos
Olho no olho
Lábios grudados
Mundos separados
Sorrisos
Falsos?
E assim, do meu jeito
Torto, nada direito
Grito e reclamo
Mas você sabe como eu te amo
-*-*-
Porque mesmo muito estranha, muito diferente, muito tola, achei o amor da minha vida.
Carambolas...
O que se pode dizer
Desse quiçá novo amigo
Compartilhado desvario
Descarrilhando os caminhos
Solidão
Tão constante
Nessa vida de errante
Que só tenta acertar
Que então se levante
Com coração aberto
Grite e me acompanhe
Nesse descompasso ao versar
Niilismo, que nada
O verdadeiro caminho
É dar um grande sorriso
Com a maior gargalhada
Ser feliz é muito simples
Para quem nada conhece
Tristeza não é só triste
Ao menos fortalece
Sou, talvez, de palavras poucas
Mas de carinho imenso
Que estas linhas te divirtam
Porque sorriso é o que tenho.
E o quiça novo amigo se tornou perene companheiro, irmão, meu igual.
Desse quiçá novo amigo
Compartilhado desvario
Descarrilhando os caminhos
Solidão
Tão constante
Nessa vida de errante
Que só tenta acertar
Que então se levante
Com coração aberto
Grite e me acompanhe
Nesse descompasso ao versar
Niilismo, que nada
O verdadeiro caminho
É dar um grande sorriso
Com a maior gargalhada
Ser feliz é muito simples
Para quem nada conhece
Tristeza não é só triste
Ao menos fortalece
Sou, talvez, de palavras poucas
Mas de carinho imenso
Que estas linhas te divirtam
Porque sorriso é o que tenho.
E o quiça novo amigo se tornou perene companheiro, irmão, meu igual.
Ao ler poemas hoje, me senti compelida a rever minha parca produção e, quem sabe, retomá-la.
Vejamos.
Vejamos.
pára...
O mundo podia parar
um segundo
pra eu respirar
um minuto
esse ar
rarefeito
mundo cheio, cheio
de defeitos
de efeitos
especiais
demais, demais
tantas coisas
tantas pessoas
tantas coisas
tantas
pára, mundo
um segundo
tomar fôlego
e enfrentar
você
que me respira
que me pára
me pega
me afaga
e me apaga
me toma
em seus braços
e assim, com seu abraços
me domina
me faz só menina
um segundo
pra eu respirar
um minuto
esse ar
rarefeito
mundo cheio, cheio
de defeitos
de efeitos
especiais
demais, demais
tantas coisas
tantas pessoas
tantas coisas
tantas
pára, mundo
um segundo
tomar fôlego
e enfrentar
você
que me respira
que me pára
me pega
me afaga
e me apaga
me toma
em seus braços
e assim, com seu abraços
me domina
me faz só menina
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